Angola precisa de mais investimento para produção de minerais críticos

Luanda – Angola  tem 36 dos 51 minerais considerados mais críticos ao nível do mundo, sendo que precisa de mais investimentos aliado às informações geológicas para produzir cada vez mais, afirmou esta quarta-feira, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

Actualmente existem ocorrências de todo tipo de minerais, entretanto, precisa-se transformar esse conhecimento em realidade, referiu o governante em declarações à imprensa, à margem do Fórum sobre o Futuro dos Minerais Críticos para Transição Energética.

Do conjunto de minerais críticos, inclui-se crómio, cobalto, cobre, grafite, minério de ferro, chumbo, lítio, manganês, neodímio, praseodímio, níquel, prata, titânio e zinco.

Deste modo, Diamantino Azevedo disse que Angola é e será uma fonte confiável para os minerais críticos, necessários para a transição energética, precisando-se de mais investimentos em descobertas do que mais existe nos solos do país.

“ O Governo, além de promover a extracção desses minerais, também exigirá que uma parte significativa da cadeia de valor desses minerais seja desenvolvida no país e, consequentemente, transformada para dinamizar a economia local e se traduza em ganhos ou riquezas para as famílias angolanas”, asseverou. 

Diamantino Azevedo indicou que há necessidade urgente de maximizar cada vez mais as informações sobre os minerais críticos de Angola, tendo em conta que, numa primeira fase, os esforços iniciais estão concentrados em minerais como ferro, níquel, chumbo, cobalto, cobre e elementos de terras raras, visando toda a cadeia de valor. 

“Isto significa que Angola pode dar um grande salto em termos de mineração de minerais críticos, nos próximos cinco anos”, sublinhou.

Diamantino Azevedo assegurou também que o país tem depósitos significativos de minerais críticos, num ambiente de investimento estável, forte modelo regulatório e de boa governança para atrair empresas confiáveis, de muitos dos principais investidores do mundo.

“Actualmente, estão activas e em operação no sector mineiro angolano, grandes empresas como a AngloAmerican, Rio Tinto, Ivanhoe e De Beers, bem como algumas empresas juniores em exploração, como a Tyranna Resources e a Pensana”, apontou. Jam/AC