De vários países e instituições ou organizações internacionais têm sido constantes o reconhecimento e elogios aos esforços que Angola, na pessoa do Chefe de Estado, João Lourenço, tem empreendido para a paz no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Os elogios já vêm de longe, mas vamos destacar apenas os mais recentes. A Organização das Nações Unidas, na voz da subsecretária-geral para os Assuntos Africanos, Martha Pobee, felicitou, na semana passada, o Presidente João Lourenço, pelo empenho no processo de paz e segurança no Leste da RDC. Pobee prometeu, inclusive, o apoio da ONU na implementação do Roteiro de Luanda, de modo a tornar-se num “mastro capaz de esbater as tensões existentes entre a RDC e o Rwanda.
Quem também apoia os esforços de Angola são os Estados Unidos da América. “Vamos continuar a apoiar os esforços do Governo angolano para tentar trazer a paz nesta região de África”, disse, na semana passada, o embaixador acreditado em Luanda, Tulinabo Mushingi.
Na mais recente Cimeira realizada em Addis Abeba, a União Africana, por intermédio do presidente cessante, Macky Sall, também elogiou o empenho do Chefe de Estado angolano em prol da paz no Leste daquele país vizinho.
Portugal destacou, igualmente, o papel de Angola no processo de pacificação da RDC. “Para nós, é uma grande satisfação ver Angola jogar esse papel. Acreditamos que é um papel muito positivo para todo o continente, porque Angola é um país com peso e fazia falta, de alguma maneira, essa influência”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, à margem da 36ª Cimeira da União Africana (UA), encerrada no domingo.
Conscientes do papel que o Presidente João Lourenço ainda pode desempenhar, os Chefes de Estado e de Governo da UA que participaram, em Addis Abeba, numa Mini-Cimeira sobre a Paz e Segurança no Leste da RDC, mandataram-no a manter contacto com a liderança do grupo rebelde M23, no seguimento das decisões do encontro realizado na capital etíope.
Para esta missão, o Chefe de Estado angolano deverá ter a colaboração do ex-Presidente do Quénia, Uhuru Kennyatta. Numa reunião realizada por sua iniciativa, na véspera da Cimeira da UA, João Lourenço já emitiu a sua opinião sobre o que se pode fazer para o alcance da paz no Leste da RDC.
Para o estadista angolano, que também é o “Campeão para a Paz e Reconciliação em África”, depois do cessar-fogo, o passo seguinte seria o acantonamento das forças do M23, que passa pela criação de condições para o efeito, como a indicação e preparação das áreas e definição das fontes de financiamento.
Esta poderá ser uma das mensagens que João Lourenço e Uhuru Kennyatta levarão aos líderes do M23.