O Presidente João Lourenço afirmou hoje em Washington que África é o “continente do presente”, aludindo às amplas e reais possibilidades que apresenta para soluções de desafios actuais como a crise energética e a crise alimentar. O Chefe de Estado angolano participou, conjuntamente com o Presidente moçambicano Filipe Nyusi, num painel moderado por um jornalista norte- americano e dedicado às expectativas que África tem relativamente à cimeira |
EUA-África que hoje tem início na capital federal dos Estados Unidos da América. “MUITO SOL DESPERDIÇADO EM ÁFRICA” O Presidente João Lourenço referiu que o continente africano se apresenta nos tempos actuais como o cenário ideal, a nível global, para receber o investimento americano, dado o seu gigantesco potencial em domínios como o da produção energética privilegiando fontes limpas. “Nós em África temos muito sol a desperdiçar-se, que se aproveita muito pouco, para a praia, mas é preciso fazer mais, usar essa vantagem natural para se produzir energia abundante”, disse o Presidente João Lourenço, ao mostrar no congresso do Banco Americano para as Importações e Exportações – EXIM BANK – o que África tem a oferecer aos americanos como atracção. Esta presença de líderes africanos em Washington esta semana pode levar a que os Estados Unidos olhem com outros olhos para África, considerou João Lourenço. “ÁFRICA CONTA PARA A ECONOMIA MUNDIAL” Perante a alta finança norte-americana, homens de negócios e gestores de topo reunidos no congresso do Exim Bank, João Lourenço declarou que “África conta para a economia global” e que é “uma questão de justiça incluir o continente no seio do G 20”, tal como defendeu recentemente Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos da América. “Nós contamos para a economia mundial e, por contarmos, acreditamos que África possa ser também parte da solução para os grandes problemas actuais como os ligados à geração de energia”, defendeu o Presidente João Lourenço. Na mesma linha, o Estadista angolano pronunciou-se igualmente a favor de reformas ao nível do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para que África tenha assento no órgão. “CORRUPÇÃO É SIM QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL” Na sua alocução o Presidente João Lourenço considerou o combate à corrupção como uma questão de segurança nacional, explicando que “quando os recursos que são de todos acabam descaminhados para os bolsos de uns poucos, prejudicando o investimento do Estado em infraestruturas, equipamentos sociais como hospitais, estradas, pontes, escolas, isso leva ao descontentamento da população, a revoltas, a golpes de estado e outros males e riscos, pondo em causa a estabilidade do país”. O Chefe de Estado angolano fez questão de sublinhar que o fenómeno corrupção “existe em toda a parte, é inerente à dinâmica da economia de mercado, mas o que é preciso que aconteça sempre é que não se tolere a impunidade; apoderar- se dos recursos públicos, que pertencem a todos e não acontecer nada, isso é que é mau”, concluiu. |
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