Lagos, 31 Julho 2025.
A República de Angola oficializou a sua entrada na Africa Finance Corporation – AFC, uma instituição multilateral pan-africana criada para catalisar investimentos, com a entrega da sua Carta de Adesão assinada pelo Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço.
A Carta de Adesão foi oficialmente entregue nesta quarta-feira, 30/07, na sede da AFC na cidade de Lagos, ao Presidente do Grupo SamailaZubairu, pelo Embaixador de Angola na República Federal da Nigéria, José BamóquinaZau.
O Presidente João Lourenço escreve na carta que “A Assembleia Nacional, nos termos das disposições combinadas da alínea k) do artigo 161º e da alínea f) do n.o 2 do artigo 166º, ambos da Constituição da República de Angola, Aprovou para Adesão, da República de Angola, o Acordo para o Estabelecimento da Africa Finance Corporation – AFC, através da Resolução n.o 9/25, de 19 de Março”, lê-se na carta do Titular do Poder Executivo.
No documento depositado na AFC pelo Embaixador Bamóquina Zau, o Chefe de Estado angolano dá por válido e garantido o procedimento do qual Angola passa a ter direito de preferência, garantias de créditos para financiar planos de negócios estruturados nos domínios da energia, indústria, transporte e logística, telecomunicações e agricultura.
O Embaixador José Bamóquina Zau aproveitou o encontro para entregar oficialmente a Bandeira Nacional de Angola que doravante será hasteada na sede da instituição na cidade nigeriana de Lagos.
OBJECTIVOS DA AFC
A Africa Finance Corporation foi criada para impulsionar a crescente necessidade de infra-estruturas em África, promover crescimento económico sustentável através do financiamento de projectos de infra-estruturas, exploração de recursos naturais, indústria pesada, energia, transportes e telecomunicações.
Está presente em 36 países africanos e com umacarteira de investimentos superior a US$ 10 mil milhões voltados para estruturação de projectos, investimentos directos e consultoria financeira.
O histórico da AFC em Angola está ligado àmobilização de sindicatos bancários para financiar investimentos nos projectos das terras raras doLongonjo-Huambo e na refinaria de Cabinda.
O projecto Terras Raras do Longonjo exploraminérios como neodímio e praseodímio, utilizados em tecnologias modernas considerado estratégico para a diversificação de 5% do mercado global de óxidos com a criação de cerca de 500 empregos directos.
Em vinte anos de operações da mina a céu aberto, calcula-se que venha produzir 4.200 toneladas de neodímio e praseodímio, úteis para a indústria de veículos eléctricos, peças electrónicas e turbinas eólicas.
Já a Refinaria de Cabinda tem uma capacidade nominal para processar 60.000 barris por dia de combustíveis e derivados de petróleo.
Serviços de Comunicação Institucional e Imprensa da Embaixada de Angola na República Federal da Nigéria, Benin, Níger e CEDEAO, em Abuja, aos 31 de Julho de 2025.