AfroCAN: Selecção Nacional defrauda expectativas

A Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol defraudou as expectativas, ao terminar na sétima posição da segunda edição do AfroCAN, competição que encerrou ontem, no Pavilhão Arena do Kilamba, em Luanda.

O seleccionador Aníbal Moreira, um dos adjuntos do espanhol Josep Clarós “Pep”, foi incapaz de repetir a proeza de 2019, em que a Angola terminou no terceiro lugar, arrebatando a medalha de bronze.

Privado das melhores unidades, por força dos regulamentos da FIBA-África, que proíbe os atletas convocados para o Mundial da Ásia de disputarem a prova continental, Angola apostou num grupo novo.

Com média de 23 anos, Angola foi, a par da Nigéria, das nações mais novas, entre as 12 que disputaram o torneio.

Apesar de apresentar uma Selecção jovem e inexperiente, Angola, na qualidade de anfitriã tinha a obrigação de fazer mais. Aliás, repetir a proeza de 2019, prova disputada na capital maliana, Bamako, era o mínimo que o “cinco” nacional poderia ter feito.

Depois de ter ocupado o primeiro lugar do Grupo B, com quatro pontos, fruto das vitórias sobre as similares do Mali (72-55 ) da forte Nigéria (57-48), a Selecção Nacional aumentou as expectativas dos amantes da “bola ao cesto”, que sonhavam com um dos lugares do pódio.

O percurso realizado pelos pupilos de Aníbal Moreira durante à fase preliminar do AfroCAN, prova reservada a atletas que militam nos campeonatos domésticos, dava indícios de um desfecho airoso.

A derrota nos quartos-de-final, frente ao Rwanda (63-73), país que vem se afirmando no contexto das grandes nações, no que a “bola ao cesto” diz respeito, acabou com o sonho dos angolanos, embora o técnico Aníbal Moreira, ao cair do pano da competição, tivesse mudado radicalmente o discurso.

Sem ser dominado completamente pelos rwandeses, que continuam como admiradores confessos do basquetebol angolano, como grande parte dos países africanos, a Selecção Nacional não foi capaz de travar o opositor, com quem já havia perdido em 2021, por 68-71, no Afrobasket disputado em Kigali.

A quantidade de lançamentos livres falhados acabou por ditar a sentença do cinco nacional. E, para o espanto dos amantes da modalidade, o filme repetiu-se diante da Tunísia, tricampeã africana.

Feridos no orgulho, em face do afastamento das meias-finais, os angolanos não foram capazes de auto-superarem-se e suplantarem os tunisinos nas classificativas do quinto ao oitavo lugares do II AfroCAN.

A derrota por 65-68 acabou por agravar a péssima campanha do combinado angolano. E, tal como aconteceu na partida com o Rwanda, o desafio esteve ao alcance dos angolanos, que mais uma vez, não conseguiram superar as suas fragilidades, que foram por demais evidentes.

Neste jogo, dos 25 lançamentos tentados à longa distância, Angola converteu apenas oito, o que representa 32 por cento. Nos lançamentos livres conseguiu 57.9 por cento, contra 78.1 dos tunisinos. Com isso, Angola caiu ante a Tunísia, para o desalento dos amantes da modalidade.

A Selecção Nacional terminou a segunda edição do AfroCAN com três vitórias e duas derrotas.