Ter mais cuidados na preservação do estado técnico da viatura é uma das grandes lições que a equipa Angola Rally Team (ART) vai tirar da participação na prova internacional, a todo terreno, denominada TGRSA – 1000 Desert Race, que hoje termina, na região de Jwaneng, interior do deserto de Kalahari, no Botswana.

strar as deficiências técnicas da viatura, enviada para o palco da prova dias antes dos integrantes da equipa. No primeiro dia estava previsto um prólogo de 61 Km, para conhecimento do percurso e definição da lista de saída no dia da prova propriamente dita. A máquina, um SSV, demonstrou inaptidão. São veículos utilitários ou de recreação que têm sido cada vez mais utilizados em provas de todo-o-terreno (TT) e são adaptadas para tal, “embora tenha sido “fácil recolocar o tubo da admissão de ar que saiu, fruto de uma braçadeira mal apertada”. O que se passou depois é que o carro entrou em “safe mode” e não passava de 20 Km/h.

“Era impossível seguir, visto que isto aconteceu logo nos primeiros quilómetros. Tentei de tudo, mas não consegui resolver ou entender o que se passava”, explicou João Lota, piloto da equipa.

No segundo dia, em função dos acontecimentos da véspera, a equipa saiu em último lugar e, para agravar “as coisas”, não foi só o carro. O navegador Nuno Santos ressentiu-se de sintomas palúdicos e teve de ser levado a um hospital. Já regressou ao acampamento, mas, por precaução, o Chefe de equipa, Tiago Fonseca, viu-se obrigado a fazer de navegador. A viatura começou a corresponder, mas , dadas as dificuldades do terreno, não tardou a surgir avaria.

A cerca de 60 quilómetros do acampamento danificou a suspensão traseira da viatura e tiveram de ser rebocados. A participação na agenda de hoje está a depender da superação da avaria registada ontem. A ART inscreveu-se na prova com objectivo de preparar o regresso de Angola ao Rali Dakar, em 2024, prova para a qual se apurou em2021, depois do segundo lugar do “Kalahari”, em todo-o-terreno, que decorreu na África do Sul em 2021.