Indústria petrolífera focada na reversão da tendência do declínio da produção e atracção de novas fontes

O maior dos vários desafios apontados para a indústria de petróleo e gás angolano continua a ser o de atrair investimento de qualidade para o país e para o sector em particular.

Esta posição foi manifestada pelo presidente da Câmara Africana de Energia para Angola, Sérgio Pugliese, na entrevista que concedeu ao Jornal de Economia & Finanças, título do grupo Edições Novembro EP, na edição da última sexta-feira.

Quando questionado sobre quais os grandes desafios da indústria para este ano, o responsável disse ser ainda fundamental que a indústria do oil & gas de Angola mantenha o foco nas estratégias para reversão do declínio da produção petrolífera e criação de novos mecanismos para a atracção e exploração de novas fontes de petróleo e gás, não tradicionais na indústria local, maioritariamente gás associado.

Quanto à transicção energética em curso no globo e a sua relação directa com a redução da actividade de exploração petrolífera, Sérgio Pugliese fez saber ser fundamental que se compreenda de uma vez por todas que Angola, em particular, e África, em geral, ainda têm desafios de levar o acesso à energia a milhares de cidadãos, não sendo, por isso, possível falar de redução da actividade ao mesmo nível e compasso de outras nações no globo. Ainda assim, recordou que o maior poluente é o carvão e não o petróleo.