Contratos para a exploração valem 7,8 mil milhões de dólares

Cerca de 7,8 mil milhões de dólares é o valor global da adjudicação de seis contratos do Projecto de Desenvolvimento Integrado West Hub Agogo da petrolífera Azule Energy, através da sua subsidiária Eni, em conjunto com a Sonangol P&P e a SSI Fifteen Limited, ambos parceiros no Bloco 15/06.

Para a operacionalização deste projecto, a Azule Energy formalizou, ontem, em Luanda, os respectivos contratos às empresas “Yinson”, que terá a missão de fornecer uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO, em inglês) e de serviços de operação de campo e manutenção.

Consta também da lista das companhias adjudicadas a “Baker Hughes”, que vai fornecer o Sistema de Produção Submarina e Serviços de Peças Sobressalentes, “Aker Solutions”, para o fornecimento de sistema de umbilicais.

Fazem, igualmente, parte das empresas que rubricaram os contratos a “Saipem”, para o fornecimento de oleodutos rígidos, transporte e instalação de estruturas submarinas, “Subsea 7”, para o transporte e instalação de risers, oleodutos e estruturas submarinas, assim como “TechnipFMC”, que irá fornecer risers e oleodutos.

De acordo com o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, o Projecto de Desenvolvimento Integrado West Hub Agogo é o maior de águas profundas no país, que será composto por 36 poços, um FPSO convertido, com capacidade de produção de 120 mil barris de petróleo/dia, equivalente, aproximadamente, a 100 quilómetros de oleodutos rígidos, flexíveis e umbilicais.

Com isso, avançou, a petrolífera italiana pretende alcançar uma produção de 175 mil barris de petróleo por dia, tirando proveito das sinergias com as infra-estruturas existentes na área ocidental do Bloco 15/06, com vista a optimizar o calendário do projecto e custos associados.

Adriano Mongini anunciou que o projecto, a ser desenvolvido em dois principais campos, Agogo e Ndungu, foi concebido para a produção de novos campos, para optimizar a recuperação de vários outros do West Hub, ainda em produção durante a fase de declínio.

Quanto à descarbonização, referiu que foram implementadas no FPSO Agogo as tecnologias mais avançadas para reduzir as emissões, facto que resultará na redução da emissão de dióxido de carbono no Bloco 15/06, apesar do aumento da produção de petróleo.

Na ocasião, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou a implementação do referido projecto como um momento especial para a indústria petrolífera angolana, por contribuir na estabilização de produção de petróleo no país e a manutenção e criação de novos postos de trabalho.