O embaixador da China em Angola, Gong Tao, anunciou, ontem, em Luanda, o começo de uma nova era nas relações diplomáticas bilaterais, impulsionada com a recente visita, ao nosso país, do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang.

Ao discursar na Feira e Festival Músico-Cultural organizado pela Embaixada chinesa, no prosseguimento das celebrações dos 40 anos das relações entre os dois países, o diplomata assegurou que a presença em Angola do chefe da diplomacia chinesa confirmou a efectivação de vários consensos sobre a cooperação.

“O ministro Qin Gang foi bem-recebido pela parte angolana. Teve uma audiência com Sua Excelência, Presidente João Lourenço e uma reunião com o ministro Téte António, durante as quais chegou-se a vários consensos sobre a cooperação entre os dois países, o que dará um novo impulso às relações China-Angola”, disse.

Gong Tao acrescentou que a solidariedade e a cooperação são factores muito valorizados nas relações entre os dois povos, que correspondem à “inevitável tendência da nova era” em que “a China está disposta a trabalhar de mãos dadas com a parte angolana, para reforçar a sinergia estratégica de desenvolvimento” entre os dois países.

Para os novos tempos na relação bilateral, o diplomata anuncia a implementação dos resultados da 8ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África e a promoção de uma “cooperação pragmática” nas áreas da agricultura, manufactura e economia digital, com apoio a Angola no aceleramento da concretização dos objectivos da diversificação económica.

“A China valoriza sempre a sua amizade tradicional com Angola e nunca alterou a sua confiança na solidariedade e cooperação, independentemente das mudanças da situação mundial”, garantiu.

O embaixador ressaltou que, nos últimos 40 anos, os dois países têm “progredido estavelmente”, com o aprofundamento da “confiança política mútua”, o avanço constante da cooperação pragmática e a evolução dos intercâmbios pessoais.

“Queremos aumentar a capacidade de desenvolvimento sustentável e enriquecer, continuamente, a parceria estratégica entre os dois países”, enfatizou, sublinhando que Angola tem dado, também, valiosos apoios em questões relacionadas com os interesses fundamentais da China.