O Presidente João Lourenço felicitou, eata quarta-feira, as Forças Armadas Angolanas, destacando que “continuam e continuarão a ser um factor importante da estabilidade política, reconciliação nacional, consolidação da paz e símbolo de unidade nacional”.
Eis a mensagem na íntegra do também Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas:
As Forças Armadas Angolanas assinalam com muito orgulho o 33.º Aniversário da sua criação a 9 de Outubro de 1991, na sequência dos Acordos de Paz para Angola, assinados em Portugal/Bicesse, aos 31 de Maio de 1991, sob o lema “FAA 33 ANOS – REJUVENESCER PARA FORTALECER, PRESERVANDO A PAZ E A INTEGRIDADE TERRITORIAL”.
O acto de constituição das Forças Armadas Angolanas, resultante da fusão de dois exércitos que se contendiam, configura um grande exemplo histórico de boa memória a nível internacional.
As Forças Armadas Angolanas, cientes do papel que a Constituição da República de Angola lhes confere, continuam e continuarão a ser um factor importante da estabilidade política, reconciliação nacional, consolidação da paz e símbolo de unidade nacional.
Deste modo, face ao momento festivo do 33º aniversário, felicito vivamente todos Oficiais Generais, Almirantes, Oficiais Superiores, Capitães e Subalternos, Sargentos e Praças, bem como os trabalhadores civis que, a partir das respectivas unidades, estabelecimentos e órgãos militares, têm garantido a defesa intransigente da nossa Independência, da Soberania e da Integridade Nacional, criando as condições de segurança e estabilidade necessárias ao desenvolvimento económico e progresso social do nosso país.
A situação política internacional, infelizmente, está caracterizada por alguns conflitos militares localizados, com tendência a se expandirem, com realce para os conflitos militares no leste da República Democrática do Congo, no Sudão, entre a Rússia e a Ucrânia (que já dura há mais de dois anos) e o conflito que se alastra no Médio Oriente, os quais podem perigar a Paz e a Segurança Internacional, com consequências negativas para a paz mundial.
A evolução tecnológica e científica, ao nível internacional, obriga a que as Forças Armadas Angolanas continuem a desenvolver as suas capacidades humanas, técnicas e tecnológicas para corresponderem aos desafios e ameaças que se apresentarem. É, também, imprescindível prosseguir com as acções de Reestruturação, Redimensionamento, Reequipamento e Rejuvenescimento em curso nas Forças Armadas, com vista a inovar, modernizar e desenvolver a sua capacidade combativa.
Assim, o Executivo angolano, em conformidade com as capacidades orçamentais e no interesse da Defesa e Segurança Nacional, vai continuar a implementar políticas que visam a melhoria das condições sociais, de infra-estruturas, de aquartelamento, armamento, meios técnicos e materiais, melhoria das condições de trabalho e de formação, valorizando desta forma os nossos efectivos.
No contexto da paz que vivemos, além da contínua e necessária preparação e prontidão combativas, é importante que as Forças Armadas Angolanas se capacitem para intervenção em tarefas sociais e outras de interesse público nacional, bem como participar em missões internacionais, conforme consagrava Constituição e a Lei, e outros instrumentos internacionais de que Angola seja parte.
As Forças Armadas Angolanas, no quadro das suas missões de defesa e salvaguarda da soberania nacional, devem continuar a manter uma estreita cooperação com os demais órgãos de Defesa e Segurança no combate ao crime organizado, na protecção das nossas fronteiras e na manutenção da ordem e da tranquilidade públicas, assim como participarem em actividades comunitárias e de preservação do Meio Ambiente.
Finalmente, exorto a todos os Oficiais Generais, Almirantes, Oficiais Superiores, Capitães e Subalternos, Sargentos, Praças e Trabalhadores Civis, a elevarem os seus conhecimentos técnico-militares e profissionais, e reforcem o patriotismo e lealdade à Pátria, respeitando os princípios que emanam a instituição castrense, pois “a Pátria aos seus filhos não implora, Ordena!”.