Ana Dias Lourenço apela à sustentabilidade ambiental

A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, apelou, sábado, em Harare, aos Estados-membros da região austral, a primarem pela sustentabilidade ambiental, de modo a prevenir os efeitos climáticos e preservar a humanidade.

Ao intervir no Programa de Gestão de Resíduos, promovido pela Primeira-Dama do Zimbabwe, Auxilia Mnangagwa, com a participação das homólogas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Ana Dias Lourenço disse que as crises ambientais afectam o presente e o futuro da humanidade, incluindo a região.

“Neste contexto, a sustentabilidade ambiental deve constituir motivo de preocupação para todos e para todas, merecendo uma atenção individual e colectiva”, referiu, sublinhando que as causas e os efeitos das alterações climáticas, a perda da biodiversidade e a poluição têm natureza transnacional. Por isso, defendeu a aposta num “alto nível de coordenação”, a nível nacional, regional e internacional, “para salvaguardar os interesses nacionais e o direito ao desenvolvimento dos nossos povos”.

Ana Dias Lourenço felicitou, por isso, a homóloga do Zimbabwe, pela iniciativa, destacando o facto de o evento servir para sensibilizar “todos os presentes e a sociedade em geral” sobre as questões do ambiente, alterações climáticas e a sustentabilidade do ambiente e o seu desenvolvimento.

“Sabemos que, enquanto membros da sociedade, no papel de Primeiras-Damas, podemos efectivamente mobilizar os políticos com o nosso papel de advocacia e sensibilizar as comunidades. Temos, todos, um papel importante a desempenhar no que toca à sensibilização e educação ambiental sobre essas matérias nos nossos respectivos países”, acrescentou.

A Primeira-Dama disse, ainda, ser importante reconhecer que as matérias sobre a preservação do ambiente e alterações climáticas são tratadas em outros fóruns, incluindo nos executivos e legisladores.

Em relação à experiência angolana, Ana Dias Lourenço revelou que Angola é, também, um país vulnerável aos impactos das alterações climáticas, como todo o continente africano e, em particular, a região da SADC.

“As alterações climáticas exacerbam a perda da biodiversidade e aumentam a poluição, mas existem também outras questões em cada um dos nossos países, que intensificam estes fenómenos e, como tal, devemos, a nível nacional e regional, aplicar medidas para mitigar essas situações”, referiu.  

Para colmatar as crises ambientais, acrescentou a Primeira-Dama da República, Angola, além das políticas sectoriais, alinha-se às medidas de África e da região, em que se inserem as questões ambientais no seu Plano de Desenvolvimento Nacional.

O Programa de Gestão de Resíduos, organizado pelo Zimbabwe, enquadra-se no Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), no âmbito da celebração do Dia Mundial do Ambiente, e decorreu à margem da 44.ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC, em Harare.

A actividade contou com a colaboração do secretariado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Ministério do Ambiente do Zimbabwe, Gabinete do Coordenador Residente das Nações Unidas e a Equipa Nacional das Nações Unidas no Zimbabwe.