O director regional dos Assuntos Externos e Sustentabilidade de África da Associação Internacional de Transportes (IATA), Somas Appavou, informou, em Luanda, que o nível de tráfego aéreo, em Angola, está nos 4 por cento, com uma perspectiva de crescimento até 8 por cento.
Segundo o responsável, que falava durante a conferência internacional sobre o “Mercado Único dos Transportes Aéreos”, realizada em Luanda, o continente africano representa apenas 2,1 por cento do tráfego mundial, a falta de recursos para a compra de bilhetes tem sido um dos factores que torna cada vez mais difícil o crescimento do tráfego.
África conta, tem taxas muito altas, e isto, deve-se ao facto de o continente representar 18 por cento da população mundial. De acordo com Somas Appavou, a taxa de carga aumentou de 20 a 26 por cento. Para o responsável, a situação de inflação e taxas altas se torna pouco atractivo para as pessoas importarem mercadorias através do tráfego aéreo.
“Quando os aviões pagam taxas muito altas também leva a taxas altas na compra dos bilhetes, fazendo com que haja pouca procura. Desse jeito, o tráfego aéreo não cresce. Para crescermos, precisamos de custos mais baixos, infra-estrutura e segurança”, disse, Somas Appavaou.
Responder às necessidades
Durante o evento, que procurou encontrar caminhos para a implementação do “projecto-piloto de implementação do Mercado Único de Transporte Aéreo (MUTA)”, o presidente da Associação dos Aeroportos de África, Emmanuel Chaves, falou sobre as necessidades de prontidão dos aeroportos para responder à nova abordagem da MUTA.
Reforçou sobre a necessidade da certificação dos aeroportos, a capacidade interna de organização do ponto de vista do treinamento do pessoal e fazer com que a organização preste serviço com qualidade.
Quanto à certificação ambiental que no seu entender, é importante que, os aeroportos se preocupem com questões ambientais a fim de contribuir grandemente para a redução do carbono e por conta disso preservar o globo terrestre.
Um dos projectos que a ACI está a implementar é a redução da fiscalização ao passageiro em trânsito. Deve haver um acordo entre os países no sentido de que esses acordos propiciem a fiscalização feita no ponto de partida sirva e seja suficiente para garantir que não seja feita outra fiscalização no aeroporto de trânsito.
“A visão de Angola em relação ao transporte aéreo é muito boa Angola está a ser pioneira na criação de uma autoridade de aviação civil independente, está a construir o aeroporto que vai ser uma referência no futuro. A companhia aérea está na direcção certa e através disso vai ser um membro muito activo no processo da implementação no mercado único de transporte aéreo em África. A unificação do espaço aéreo em África vai significar um aumento de tráfico”, concluiu.