A consultora Capital Economics reviu a previsão de crescimento para Angola, antecipando agora uma expansão de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), seguida de estagnação em 2024, com a inflação acima de 25% no final do ano.
“Pensamos que a queda do kwanza, juntamente com os recentes cortes nos subsídios aos combustíveis, vai empurrar a inflação para mais de 25% no final do ano face ao homólogo, o que compara com os 11,2% registados em junho”, escrevem os analistas numa análise da economia angolana, divulgada na mesma altura em que a agência de notação financeira Standard & Poor’s manteve o ‘rating’ em B- com perspectiva Estável e poucos dias depois de o Governo descer a previsão de crescimento, de 3,6%, para 1,1%.
“Baixámos a nossa previsão de crescimento, e esperamos agora que o PIB cresça apenas 1,3% em 2023, seguido de uma estagnação em 2024, uma projeção bem abaixo do consenso dos analistas, que antecipam crescimentos de 2,3% e 3%, respetivamente”, admite a Capital Economics.
“Angola fez bons progressos nos últimos anos na descida do rácio da dívida face ao PIB, de um pico de mais de 130% em 2020, para menos de 70% este ano, mas mais de dois terços da dívida pública está em moeda externa, pelo que só a depreciação do kwanza aumenta o rácio em cerca de sete pontos percentuais este ano”, diz a Capital Economics citada pela Lusa.