SADC deve olhar para industrialização para “alcançar a competitividade”

A antiga Primeira-Ministra de Moçambique, Luísa Diogo, afirmou, quarta-feira, que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) deve olhar para a industrialização a fim de aumentar a produção e “alcançar a competitividade”.

Em entrevista à Televisão Pública de Angola, Luísa Diogo defendeu que os produtos oriundos da região da SADC devem estar à altura para competirem “em pé de igualdade” no mercado internacional.

Referiu que a região tem grandes potencialidades sobretudo no sector da Agricultura e Minerais. “Já não podemos continuar a falar em tirar os recursos da terra e enviá-los para o exterior. Temos de falar de transformação e do valor acrescentado que devemos dar aos nossos produtos”, realçou.

Para a antiga Primeira-Ministra moçambicana, a agenda da industrialização “apareceu no melhor momento” pelo que exige dos Estados-membros da região.

“A SADC tem os desafios internos mas também olha para o mundo e procura com países deste continente africano posicionar-se no mundo com a dignidade necessária e com uma voz forte do ponto de vista do comércio internacional, grandes agendas mundiais e debates para os desafios dos povos”, sublinhou Luísa Diogo.

Luanda acolhe, esta quinta-feira, a 43.ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estados e de Governos da SADC, em que Angola assumirá a presidência da organização para o período 2023-2024.