Banco Mundial apoia transformação digital para Angola e África

A iniciativa emblemática Economia Digital do Grupo Banco Mundial para a África (DE4A) apoia a Estratégia de Transformação Digital para a África (2020–30), preparada pela União Africana, foi anunciada, em Luanda, durante a 3ª edição do Fórum do Instituto de Modernização Administrativa (IMA).

A propósito, a especialista em Desenvolvimento Digital Naomi Halewood explicou que o objectivo é examinar os caminhos pelos quais os países podem acelerar o processo de transformação digital, aproveitando as oportunidades para avançar, mitigando os riscos e, ao longo do processo, aumentar o desenvolvimento inclusivo em Angola.

A especialista alertou para a criação de infra-estrutura digital com base sólida na estrutura política, legal e regulatória do sector, com autonomia acrescida num futuro próximo, infra-estrutura de conectividade internacional de última geração altamente desenvolvida, vários operadores de rede em cada segmento do mercado, com potencial de crescimento, cabo de fibra óptica de propriedade de empresas de energia e ferrovias abertas para o uso por operadoras de telecomunicações, por meio de regulamentação de partilha.

Naomi Halewood defendeu, ainda, a implementação de planos governamentais para alienação de acções do Estado nas empresas de telecomunicações seleccionadas, potencial significativo para Angola se tornar num centro de distribuição digital para a região de África Serviços Públicos Digitais: principais forças e oportunidades, legislação abrangente de protecção de dados.

Uma estratégia forte de Governo Electrónico (2013–2017) que define metas, objectivos, projectos e programas e o Plano Estratégico do IMA (2022-2027), bem como a existência de uma agência governamental que lidera projectos digitais do Governo, iniciativa de identificação digital ambiciosa, oferta expandida de serviços digitais por meio de portais, aplicativos e sistemas”, esclareceu a especialista.

Naomi Halewood falou dos serviços financeiros digitais e considerou necessário um forte compromisso para promover a inclusão financeira e o progresso no acesso a serviços financeiros nos últimos anos, esforços em curso liderados pelo Banco Nacional de Angola para rever o quadro legal dos Sistemas de Pagamentos em linha com as boas práticas internacionais e para apoiar a “FinTech”, o interesse e procura por dinheiro móvel demonstrado pelo rápido crescimento das primeiras tentativas.

A especialista anunciou, durante o fórum realizado na quinta-feira, que os negócios digitais, também, são oportunos, através de um ecossistema de empreendedorismo digital jovem e dinâmico.

“O Governo reconhece a importância do empreendedorismo digital para o desenvolvimento económico e social. As plataformas digitais de comércio electrónico estão a ganhar espaço e a maioria são start-ups (novas empresas) locais, serviços de apoio empresarial, infra-estrutura e as oportunidades de rede estão a aumentar”, destacou Naomi Halewood no evento realizado na capital angolana, na última semana.

A especialista disse haver cada vez mais jovens a entrar para o mercado de trabalho anualmente, além do forte interesse dos sectores público e privado na melhoria da qualidade de todos os níveis de ensino e um sistema educacional mais inclusivo, do aumento da procura por competências digitais básicas, particularmente para apoiar o crescimento das empresas digitais.