Luanda- O Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu orientar os bancos comerciais a listarem toda fileira da indústria têxtil, em Angola, desde o cultivo e transformação do algodão à produção de tecidos e peças confeccionadas.
De acordo com Carta Circular nr.3/2023, de 17 de Março, o BNA pede consideração da referida actividade, no quadro do Aviso 10/2022, sobre ax concessão de crédito ao sector real da economia.
O Banco Central justifica o alinhamento do sector financeiro ao objectivo de diversificação da economia, no quadro do referido Aviso.
Sublinha ainda que mesmo Aviso no seun artigo 2.º, define o âmbito da sua aplicação como sendo as actividades de cultura e produção de bens essenciais.
Neste sendo, o BNA informar as Instituições Financeiras Bancárias que, para além das actividades listadas no referido Aviso, devem considerar como actividades de cultura e produção de bens essenciais aquelas que integram toda fileira têxtil, desde o cultivo e transformação do algodão à produção de tecidos e peças confeccionadas.
Angola conta com três grandes fábricas de tecido: a Textang II, em Luanda, virada para o fabrico de tecidos para confecção de fardas militares, e produção de variedades de uniformes, a Comandante Bula (ex-SATEC no Cuanza Norte), com a produção de malhas para confecção de roupas, e a Alassola – África Têxtil, que tem como segmento de produção os tecidos para o lar, todas em operatividade.
Grande parte da matéria-prima, incluindo o algodão ainda é exportada, enquanto se incentiva a produção deste produto nas tradicionais áreas de plantação, com realce para a Baixa de Cassanje, em Malanje.