Líderes empresariais destacam abertura de Angola ao investimento estrangeiro

Os três principais dirigentes japoneses, presentes, esta segunda-feira, em Tóquio, capital do Japão, no “Fórum de Negócios Angola – Japão” realizado na Sede da JETRO – Japan External Trade Organization (Organização de Comércio Exterior do Japão), destacaram a abertura do país ao investimento estrangeiro.

Perante os mais de 200 participantes e na sua maioria empresários e representantes de firmas japonesas, as oportunidades oferecidas por Angola num mercado com estabilidade e nível de confiança internacional em alta, são factores, na visão dos mesmos responsáveis, a serem tidos em contacto no momento da decisão sobre a aplicação dos investimentos.

No discurso de boas-vindas, o presidente e CEO da Organização de Comércio Exterior do Japão (JETRO), Nobuhiko Sasaki, fez saber que as lições aprendidas com as restrições e adaptações dos tempos da Covid-19 permitiram trazer Angola mais próxima do Japão, através de contactos virtuais regulares e que têm muita influência no presente.

Nobuhiko Sasaki fez saber que a JETRO, em relação à África, nas áreas da agricultura e medicicina fez várias negociações no modus online.

Além disso, explicou o CEO, há também exemplos de participação de várias empresas angolanas, porquanto, na altura, estando em África ou na Ásia, podia-se fazer as conversações, opção que teve, desde logo, uma boa aceitação da parte dos empresários.

“Angola e Tóquio têm 14 mil quilómetros de distância. Por mais rápida que seja a viagem, leva-se no mínimo 22 horas. Tem ainda a questão do fuso horário, mas este sistema online encurtou bastante o relacionamento económico. Então, já não há mais lugares distantes. Agora, a comunicação pessoal para negócios é um factor muito importante, porque para nós vendermos a confiabilidade, é muito importante existir isso. Não apenas a frase falada, mas a feição e a postura. Tudo isso afecta a confianças nos relacionamentos”, afirmou.

Segundo Nobuhiko Sasa-ki, no futuro, vai-se utilizar bem o “online” e o “offline”, para se poder manter um bom relacionamento entre o Japão e Angola, e outros países de África.

“É muito importante darmos esse início. Estamos aqui presentes com várias autoridades, a começar pelo Presidente da República de Angola. Vamos poder ouvir como está a situação em Angola. Nós da JETRO sentimo-nos bastante felizes por esta oportunidade.

Num gesto de amizade, estudo de campo feito ou até mesmo de “eternização” de referências, o CEO da JETRO falou sobre a música bastante conhecida e amada em Angola, que é o semba. Por outro lado, conhecemos o samba do Brasil.

“Ouvi dizer isso foi a base para o samba brasileiro. Imagino o que os angolanos amam o semba, são pessoas alegres, positivas, com aquele espírito apaixonado. O meu desejo é que para os palestrantes de Angola, aproveite este mo-mento de face a face, encontro pessoal, para poder mostrar bastante paixão a situação actual do vosso país, para que nós do lado japones possa entender bem”, afirmou.

Marketing de negócios

Em representação do governo japonês, falou primeiro o ministro de Estado das Relações Exteriores, Kenjo Yama-da. Seguiu o vice-ministro Parlamentar da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ryuji Satomi.

Este dirigente é de opinião que o marketing de negócios será promovido e essa relação bilateral de negócios terá de alcançar um novo patamar. Este ano, o TICAD vai comemorar 30 anos e o Governo japonês está realmente a dar atenção ao ser humano, fazendo uma abordagem tipicamente japonesa, dando atenção ao investimento humano, e à qualidade do crescimento e deste modo contribuir-se para o fortalecimento de África.

“Esperamos contar com a cooperação de todos e oxalá preconizemos o próximo TICAD. Um investimento avaliado em 30 mil milhões de de dólares, tanto para o sector público quanto para o privado. Pretendemos investir ainda mais no comércio, em África, aproveitando a visita do Presidente João Lourenço, desejamos o fortalecimento  para ainda maior de amizade entre Japão e Angola.

Por fim, interveio também o ministro Parlamentar da Econimia, Comércio e Indústria, Ryuji Satomi.

“Hoje estamos aqui a realizar com bastante pompa o Fórum de Negócios Angola – Japão. Angola é um país proeminente de produção de petróleo, diamante, gás natural. Em Janeiro fui a África do Sul e tive vários encontros no Minning Indaba. Angola tem potencial económico, não só de recursos naturais, como a agricultura, pesca, turismo, e ser um grande parceiro importante e económico do Japão. Estamos na expectativa do crescimento de Angola e muitas empresas japonesas, também, estão a trabalhar para criar uma infra-estrutura de alto nível”, explicou.

Na verdade, para construir uma infra-estrutura, uma indústria manufactureira, investimento, na área industrial. Por exemplo, a Toyota Tsusho fez vários trabalhos de infra-estruturas no Porto do Namibe, da área de infra-estruturas até a venda de automóveis. E, recentemente, estava a fazer um trabalho com a empresa teradrom (startup), que faz o controlo de medidas contra desastres nas jazidas de petróleo, na verificação disso.

De acordo com Ryuji Sa-tomi, actualmente, o Governo de Angola, sob a liderança de João Lourenço, está a fazer vários trabalhos para fomentar o invstimento e fazer tranalho para a conclusão dos acordos de investimento.

“Queremos que este acor-do seja concretizado. Em Agosto do ano passado foi realizado a TICAD8 na Tunísia, e fizemos trabalhos de apoio com as “startups”, para negócios voltados para solucionar as questões sociais e a introdução de projectos para a produção de energias renováveis”, disse.

Em relação a Angola, de-clarou Ryuji Satomi, deve-se ter em contam as áreas automotivas para a capacitação de recursos humanos, nas áreas da indústria, o molde de cooperação para o fomento de business green e espera-se a concretização destas actividades o mais breve possível.

O líder governamental assumiu que o Japão, juntamente com outros, quer trabalhar, para que Angola e outros países de África possam aumentar a cooperação com o Japão, de modo a solucionar os problemas globais e, sermos parceiros e crescermos juntamente.

Aos feirantes, o apelo feito foi de participam deste fórum para que possam aumentar a cooperação com Angola, bem relacionamento aprofunde ainda mais. Em 2025 está previsto o Fórum Público – Privado “Africa – Angola” e também a TICAD2025, finalizou.