A visita do Presidente Macron a Angola

O Presidente francês, Emmanuel Macron, efectua, a partir de hoje, uma visita de dois dias a Angola, numa viagem que o levará a três outros países africanos: Gabão, República Democrática do Congo (RDC) e Congo.

A visita insere-se no âmbito de uma nova relação que Emmanuel Macron quer estabelecer com o “continente berço”. Ele defende “uma nova política francesa para África”, cujas relações sejam baseadas em parcerias em que sobrassaiam o respeito mútuo.

No caso particular de Angola, a visita do Presidente Macron é, como considerou a nossa embaixadora acreditada em Paris, a demonstração da importância que a França atribui ao nosso país como “parceiro prioritário”.

Além disso, a visita – afirmamos nós – vai, certamente, dar um novo impulso à cooperação entre os dois países, que assinaram o primeiro acordo em 1982. Desde então, a cooperação tem-se expandido, incluindo visitas de delegações de alto nível de ambos os países.

Em 2018, numa visita a Luanda do ministro francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, Angola e França assinaram três acordos, sendo um nos Transportes Aéreos, outro no sector da Agricultura e o último no Turismo.

A França é, hoje, o segundo maior investidor estrangeiro e um dos principais empregadores privados em Angola. Dados da Embaixada de França em Luanda dão conta que, nos primeiros nove meses de 2021, as exportações para Angola se situaram em 178,2 milhões de euros, um aumento de 26,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Apesar da pandemia da Covid-19, que afectou a economia mundial, acredita-se que, actualmente, os números devem ser maiores. Números que deverão ser ainda mais elevados depois da visita que o Presidente francês efectua hoje e amanhã a Angola. Pois deverão, certamente, ser assinados, aqui em Luanda, novos instrumentos jurídicos no âmbito do reforço da cooperação bilateral.

Angola, por intermédio da embaixadora Guilhermina Prata,, já elegeu, durante uma entrevista à Angop, no âmbito da visita de Macron, as prioridades no reforço da cooperação: além do investimento francês na economia angolana, Educação, Agricultura, Saúde e Cultura são os sectores eleitos.