Historiador destaca relevância da Baixa de Cassanje na conquista independência

Menongue – O historiador Arão Zaqueu destacou hoje, quarta-feira, em Menongue, capital do Cuando Cuando, a relevância do massacre da Baixa de Cassenje, que impulsionou as diversas lutas posteriores que permitiram o alcance da independência em Angola.

Em declarações à ANGOP, o historiador Arão Zaqueu disse tratar-se de um facto marcante para a história de Angola, por ter provocado uma grande revolta, que abriu as portas para o início da Luta Armada e de Libertação Nacional, a 4 de Fevereiro do mesmo ano.

Deste modo, disse esperar por uma maior promoção e divulgação dos acontecimentos do 4 de Janeiro de 1961, principalmente com a realização de conferências e debates entre os jovens, para despertar o interesse dos factos históricos que marcaram os determinados momentos do país.

Disse ser uma data muito importante que demonstrou o altruísmo, a entrega e a dedicação, pois, nesta data, muitos filhos da pátria tiveram de se entregar e dedicar em prol da liberdade de todos os angolanos.

Arão Zaqueu referiu que a juventude deve lembrar e preservar este marco e fazer com que nada esteja acima dos bens colectivos e da liberdade do povo. 

Disse que, passados 62 anos dos acontecimentos da Baixa de Cassanje, os angolanos da actual geração precisam de se rever nas centenas de vidas perdidas, para o alcance da independência, da paz, da harmonia e da estabilidade social.

A 4 de Janeiro de 1961, colonos portugueses reprimiram cerca de 20 mil camponeses angolanos, naquilo que ficou na história como o Massacre da Baixa de Cassanje, território localizado entre as províncias de Malanje e Lunda Norte.

Os acontecimentos aumentaram a consciência de liberdade dos patriotas angolanos que, a 4 de Fevereiro do mesmo ano, resolveram desencadear uma luta armada contra o regime fascista português, culminando com a proclamação da independência do país, a 11 de Novembro de 1975.