Guias turísticos elogiam melhoria na circulação rodoviária

O presidente da Associação de Guias e Intérpretes Turísticos de Angola (AGITA), Paciência Samuel, enalteceu a forma hospitaleira como os 55 turistas provenientes da Europa e do Canadá que se encontram em Angola para participar na segunda edição do Luanda Semba Festival e fazer a transição de ano estão a ser recebidos pelas comunidades em Luanda, Cuanza-Norte e Malanje.

Em declarações ao Jornal de Angola, o responsável disse que os guias e intérpretes seleccionados estão a viver momentos extraordinários que atestam a necessidade de se imprimir uma dinâmica maior na criação de condições para que o país começa a obter elevados rendimentos com a indústria do sector do turismo.

Paciência Samuel elogiou a significativa melhoria nas principais vias de circulação entre Luanda, Ndalatando e Malanje, na medida em que o trajecto está a ser feito sem grandes sobressaltos, motivo pelo qual os turistas já estão a pensar num próximo regresso com o roteiro a se estender para um maior leque mais diversificado de províncias.

Com regresso à Europa marcado para quinta-feira, os turistas participaram em várias sessões de aperfeiçoamento da popular dança angolana Kizomba enquanto faziam visitas a locais como Cabo Ledo, Parque da Quissama, Miradouro da Lua e durante a festa de réveillon, estando desde ontem entre Ndalatando e Malanje, cujo ponto mais alto reside na visita às Quedas de Kalandula.

Atracção de turistas

De acordo com Paciência Samuel, foram seleccionados cinco guias turísticos e intérpretes que auferem um pagamento do 50 mil kwanzas por dia. Com este valor, os guias podem resolver alguns problemas nos seus agregados, mas é necessário estimular a vinda constante de turistas para que a classe possa ter rendimentos durante todo o ano.

“Estamos a viver um momento muito importante, que é o festival de Kizomba, trata-se de uma promoção inédita do nosso turismo no exterior do país. É sabido que temos dificuldades em ter ligação permanente com potências turísticas. É necessário um trabalho mais consistente por parte dos nossos adidos no estrangeiro. Iniciativas similares como este festival merecem o nosso apoio porque ajudam a trazer receitas para o país e melhorar a vida de quem trabalha no turismo”, disse.

O Porto de Luanda, a Igreja Nazaré, o Palácio de Ferro, a Fortaleza de São Miguel, Igreja dos Remédios e o Museu de Antropologia são algumas das referências que os turistas já traziam a partir do exterior, mas ficaram surpreendidos por encontrar uma cidade com a dimensão  e beleza de Luanda.

“Os hotéis, restaurantes e outros serviços são beneficiários directos, mas é importante saber que o investimento estrangeiro é mais facilmente atraído com a presença de turistas que levam uma imagem positiva do nosso país ao exterior”, argumentou.

A promotora do Luanda Semba Festival, Marly Baptista disse que a escolha da quadra festiva deveu-se ao facto de ser uma época em que na Europa há muito frio, sendo uma oportunidade para que possam desfrutar das lindas praias existentes em Angola, entre outras experiências pouco prováveis nos seus países de origem.

“Além deste festival em Angola, realizaremos outro em Portugal no mês de Abril que é o Angolan Dande, ou seja, queremos mostrar Angola aos estrangeiros. Gostaríamos que as entidades competentes pudessem olhar para aquilo que estamos a fazer porque se trata de uma acção muito importante do ponto de vista cultural e sobretudo e económico”, frisou.