AIPEX assina acordos de investimento de 10,6 mil milhões de dólares

A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) assinou, de Agosto de 2018 a Setembro de 2022, um total de 522 projectos, que resultaram no valor de cerca de 10,6 mil milhões de dólares.

De acordo com dados que o Jornal de Angola teve acesso, o sector da Indústria destaca-se com 213 projectos registados pela AIPEX durante o quinquénio, com um investimento de mais de 7 mil milhões de dólares norte-americanos, seguido o do Comércio com 115, Prestação de Serviço (111), Agricultura (25), Construção Civil (12), Pescas (11), Minério (9), Hotelaria e Turismo (8), Saúde (7) e Actividades Financeiras (4).

Consta ainda do leque de projectos aprovados pela instituição pública, os ligados ao sector das Telecomunicações com (3), Educação (3) e Energia (1).

Ao todo, os projecto geraram 37.124 postos de trabalhos nacionais e cerca de 3.445 expatriados.

A província de Luanda lidera a lista com projectos de investimentos aprovados, com um total de 409, seguido de Benguela com 18, Bengo (17), Malanje (12), Zaire (9), Cabinda (7), Cuanza-Norte, Huíla, Lunda-Sul e Cuanza-Sul (6, cada), Lunda-Norte, Huambo, Cunene e Namibe (3, cada). O Cuando Cubango teve 2, enquanto que o Uíge e Moxico apenas registaram 1 projecto cada. A província do Bié não registou nenhum projecto pela AIPEX.

Investimento registados

A AIPEX indica que o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) contou com cerca de 50 países, totalizando 264 projectos, num investimento de 6,3 mil milhões de dólares.

A lista dos países com projectos aprovados pela AIPEX é composta pela África do Sul, China, Brasil, França, Bélgica, Hong Kong, Turquia, Botswana, Ilhas Maurícias, Eritreia, Japão, Moçambique, Kuwait, Suíça, Marrocos, Singapura, Estados Unidos da América, Paraguai e Gana.

Consta ainda a Holanda, Índia, Portugal, Emirados Árabes Unidos, Áustria, Malásia, Inglaterra, Catar, Espanha, Hungria, Alemanha, Etiópia, Canadá, Malta, Madagáscar, Burundi, Nigéria, Dinamarca, Namíbia, Itália, Líbano, Uganda e Egipto. 

O Rwanda, Reino Unido, Quénia, Somália, Argentina, Ilhas Cayman e Zâmbia também fazem parte dos países que apresentaram projectos.

Em Setembro

No mês de Setembro de 2022, a AIPEX registou nove projectos, num total de 12,3 milhões de dólares norte-americanos, e que poderá gerar 217 postos de trabalho para nacionais e 47 para expatriados.

O sector de Prestação de Serviços conta com quatro projectos, num investimento avaliado em mais de 2,1 milhões de dólares, seguido o do Comércio com três (USD 244 mil) e o da Indústria com dois projectos, com um investimento de mais de 9,9 milhões de dólares.

O investimento registado no mês de Setembro, Angola tem dois projectos avaliados em 9,4 milhões de dólares, Índia (2 projectos, USD 135 mil), Portugal (3 projectos, USD 450 mil), Emirados Árabe Unidos (1 projectos, USD 720 mil) e a África do Sul (1 projecto, USD 1,6 milhões).

País mostra oportunidades  de negócios em Marrocos

O presidente do Conselho de Administração da AIPEX, António Henriques da Silva, foi palestrante em dois painéis, da 14ª edição do Internacional MeDays  Southern Fórum, organizado pelo Instituto Amadeus, em Marrocos, onde apresentou as oportunidades de negócios dos diversos sectores da economia nacional.

Ao Jornal de Angola, António Henriques da Silva frisou que a AIPEX aproveitou a ocasião para convidar os empresários e investidores a apostarem no mercado angolano, principalmente nos sectores da Agricultura, Pesca, Indústria transformadora e farmacêutica, Energias renováveis, bem como a banca e seguros.

Durante o evento que decorreu de 2 a 5 de Novembro, em Tânger, em Marrocos,  o PCA da AIPEX foi palestrante em dois painéis, onde foram aflorados temas ligados às “Perspectivas da economia global e do comércio: soberania,  independência versus  integração; assim como a “Atractividade e Estabilidade do Continente Africano”.

Nas suas intervenções, o PCA da AIPEX, afirmou que a maior parte da população do continente africano é jovem, sendo que “é nossa responsabilidade garantir a criação de condições para o desenvolvimento e crescimento da juventude”.

Outro ponto crítico levantado foi a oportunidade “que nós, como africanos, temos no sector da  agricultura e a necessidade de os investidores estrangeiros  interessados,  perceberem as especificidades de cada realidade que caracteriza os 54 países do nosso continente”.

No segundo painel,  o PCA da AIPEX, António Henriques da Silva salientou a pertinência da existência  de uma instituição africana, para avaliar o índice de desenvolvimento dos países do continente, o que possibilitará, também,  o acesso à informação fiável em primeira mão a fim de se fornecerem dados precisos e imparciais que reflictam com precisão cada país africano.

“África é um mercado atractivo com imenso potencial, e temos de providenciar regulamentos, infra-estruturas, incentivos e um ambiente sustentável para potenciais investidores”, apontou.

Fonte: JA online