Produtores de petróleo alinhados às reformas

A velocidade com que algumas potências mundiais pretendem implementar o afastamento dos combustíveis fósseis poderá resultar num suicídio para o desenvolvimento dos povos e nações de África, caso seja adoptada pelos potenciais produtores africanos de petróleo e gás.

A constatação foi feita pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, e presidente cessante da APPO, aos delegados e convidados à 43ª Reunião Ordinária da Organização dos Países Africanos Produtores de Petróleo.

Depois de expressar os agradecimentos do Governo angolano pelo desempenho da organização durante os 35 anos de existência, Diamantino Azevedo convidou o mundo a avaliar e compreender a real situação do continente africano, tendo agradecido o apoio para pôr fim à pobreza geral e energética que afecta o continente, com base numa transição energética justa.

“Nós africanos precisamos contar com os nossos peritos para executar as nossas operações de petróleo e gás para a execução dos projectos”, enfatizou o governante.

Reformas institucionais

A reforma da APPO que resultou na criação de um Secretariado-Geral, mereceu a apreciação do presidente.

“Cabe ao Secretariado-Geral a responsabilidade de desencadear uma campanha de difusão da Organização, para que as nossas posições sejam claramente levadas ao conhecimento, quer dos países africanos não membros da APPO, bem como do mundo em geral, tendo em vista a promoção da união dos Estados africanos na resolução dos seus problemas”, avançou o ministro Diamantino Pedro Azevedo.

O governante acrescentou que a presença de importantes individualidades do Governo de Angola, da Assembleia Nacional, do corpo diplomático acreditado em Angola, das companhias Nacionais e Internacionais de petróleo e gás, bem como dos representantes de todos os Estados Membros da APPO, demonstra a importância que os Governos atribuem à Organização.

Disse ainda que o apoio concedido pelo Presidente da República, João Lourenço, e o Governo de Angola desempenhou um papel importantíssimo para o alcance, em 2022, de inéditos resultados durante os 35 anos de existência da APPO.

Fonte: JA online