Eleições em Angola vão incluir diáspora em 12 países0

Em declarações à imprensa, o porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) informou que a decisão foi aprovada esta terça-feira em sessão plenária da entidade, na qual também foram analisadas as ligações com partidos políticos e coligações legalmente reconhecidas.Conforme explicou, as votações no exterior vão decorrer em 25 cidades, pertencentes à África do Sul, República Democrática do Congo, Zâmbia, República do Congo, Namíbia, Brasil, Portugal, Alemanha, França, Reino Unido, Holanda e Bélgica.Pela primeira vez, a diáspora angolana vai participar num exercício desta natureza desde o estabelecimento das eleições regulares no país, referiu.Isso será possível, salientou, em resultado da revisão constitucional e da lei orgânica das eleições gerais no decurso de 2021, que foi aprovada pelo Parlamento.A CNE decidiu ainda hoje que a partir da próxima sessão plenária vai acolher os assistentes permanentes dos partidos e coligações partidárias, para tratar de questões relacionadas com o processo eleitoral de 2022, indicou.Questionado pelos jornalistas, Quilumbo esclareceu que a legislação do país não contempla o voto antecipado no caso da diáspora, apenas dentro do território nacional.Um recente seminário internacional, realizado em Luanda, permitiu recolher a experiência de outros estados, mas a CNE ainda não avaliou a viabilidade de aplicação desta fórmula nas próximas eleições; portanto, sublinhou, ainda não há decisão tomada quanto à possibilidade de votação antecipada.Cerca de 22 mil angolanos residentes no estrangeiro poderão exercer o seu direito de voto no dia 24 de agosto, conforme confirmado pelo registo definitivo.O número total de eleitores ascende a 14 milhões 399 mil 391 e neste momento existem 13 partidos políticos legais a intervir na disputa eleitoral, que definirá a nova composição da Assembleia Nacional (paralamento) e os ocupantes da presidência e vice -presidência da República.Nas eleições gerais de 2017, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) obteve a vitória com 61,08 por cento dos votos, segundo estatísticas oficiais. O MPLA governa o país desde a proclamação da independência nacional em 1977.

Fonte: Africa21digital