O Governo angolano reiterou, hoje, em Luanda, num encontro virtual o compromisso com a defesa dos direitos humanos, a protecção de civis e a preservação da soberania e integridade territorial da República Democrática do Congo (RDC).
O posicionamento angolano foi reiterado, na qualidade de presidente da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), pela secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, durante a Reunião de Emergência do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA), citada por um comunicado do MIREX, enviado ao JA Online.
Na ocasião, o país condenou, também, veementemente as acções do M23 que têm continuado as hostilidades e a flagrante violação do cessar-fogo, em vigor desde 4 de Agosto de 2024, deteriorando a situação de segurança nas províncias de Kivu Norte e Kivu Sul.
No âmbito da presidência angolana da CIRGL e do mandato atribuído pela União Africana para mediar a crise na RDC, o Presidente da República, João Lourenço, tem liderado iniciativas político-diplomáticas para restaurar a paz e estabilidade na região, combater a presença de grupos armados e fomentar a confiança entre a República Democrática do Congo e o Rwanda.
Angola reitera, igualmente, a urgência de uma cessação imediata das hostilidades e apela ao regresso das partes à mesa de negociações no âmbito do Processo de Luanda, reconhecido pela União Africana e pela comunidade internacional como o principal mecanismo para uma solução pacífica e duradoura na região.
Esmeralda Mendonça espera, ainda, que um acordo de paz definitivo seja assinado numa futura Cimeira Tripartida entre Angola, a República Democrática do Congo e o Ruanda, o que representará um passo decisivo para a estabilização do leste da RDC e o reforço da cooperação regional, pode ler-se no documento.
O encontro foi orientado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Côte d’Ivoire, Kacou Housdja Leon Adom, na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Paz e Segurança da União Africana para o mês de Janeiro de 2025, tendo contado com ministros que compõem o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, com realce para as intervenções de ministra de Estado e ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Francofonia da República Democrática do Congo, Thérèse Wagner, e do ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional do Rwanda, Olivier Nduhungirehe, refere o documento.