Campeãs africanas recebidas em apoteose desfilam com o troféu pelas ruas de Luanda

Em apoteose e debaixo de ovação ruidosa, prestada por uma moldura humana, a Selecção Nacional sénior feminina de andebol regressava a casa, trazendo na bagagem o 16º título do Campeonato Africano das Nações, disputado em Kinshasa.

Rosa Napoleão Jornalista

Várias figuras de diferentes estratos sociais, manifestaram carinho ao conjunto mais titulado de África a nível da modalidade, um momento ímpar vivido com muito entusiasmo. Abraços, beijos e lindos ramos de flores orquídeas completaram a recepção das campeãs. 

De imediato, as jogadoras e equipa técnica dirigiram-se para o camião decorado com as cores da bandeira nacional, bem como uma fotografia das campeãs em tamanho gigante. O som da música animava os presentes.

Ao redor se podia ver a escolta de um aparato dos efectivos da Polícia Nacional para acautelar a euforia das pessoas que pretendiam chegar muito perto dos integrantes da caravana, depois de duas horas de espera.

A caravana partiu para uma passeata pelas artérias da cidade. O percurso começou na Avenida Revolução de Outubro, seguindo para Maianga, Marginal de Luanda, Eixo Viário, Kinaxixi e culminou na Galeria dos Desportos, cidadela desportiva.

O som que emitia a Carripana despertava os pedestres que acenavam e registavam o momento com os telemóveis. Os automobilistas que circulavam em sentido contrário reduziram a velocidade para render homenagem ao “sete” nacional por mais um título.

Na Galeria dos Desportos, as Pérolas foram recebidas pelas entidades do desporto, com destaque para o ministro Rui Falcão, Mário Rosa (vice-presidente do (COA), Justino Kapapinha (Secretário Nacional do JMPLA), Joana Tomás (Secretária Geral da OMA), Teresa Ulundo (vice-presidente do andebol), Gilberto Pinto (ex-secretário geral) e tantos outros.  

Tunísia acolhe próxima edição

Vinte anos depois, Tunísia é a próxima sede do Campeonato Africano das Nações (CAN) em andebol sénior feminino, prova agendada para 2026, facto confirmado na final da 26.ª edição disputada em Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC).

Depois das distinções, o presidente da Federação Congolesa fez a passagem de testemunho, ao entregar a bandeira da Confederação Africana da modalidade (CAHB) à responsável daquele país magrebino.

As tunisinas acolheram a edição de 1974, com a conquista do título. Em 1981 perderam na final, 11-10, com o Congo. Três anos depois, em 1994 ficaram abaixo dos lugares cimeiros. Em 2006 foram finalistas derrotadas, 30-32, frente à Selecção Nacional.

Em 2026, as terceiras classificadas do último CAN ambicionam mais uma vez discutir a conquista do ceptro, seguindo a velha máxima “organizar para vencer”. Com um conjunto em processo de renovação, até ao próximo campeonato, a equipa pode registar maturação.