As reformas implementadas por Angola, no sector energético, estão a tornar o país muito mais competitivo no mercado mundial e a gerar perspectivas animadoras em relação à exploração de gás, afirmou segunda-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração e director executivo da Chevron, Mike Wirth.
O responsável máximo da empresa norte-americana, especializada na exploração e produção de petróleo e gás, que falava aos jornalistas, após a audiência que lhe foi concedida pelo Presidente João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta, destacou a celebração dos 70 anos de operações da Chevron em Angola, sublinhando ser um “marco” que demonstra o compromisso em continuar a identificar oportunidades no país, através da colaboração e parceria.
“A Chevron é uma empresa global e Angola tem mostrado muitas mudanças e reformas no sector energético, que faz com que o país se torne muito mais competitivo. Estamos muito esperançosos em relação ao futuro, no que diz respeito à exploração de gás”, disse Mike Wirth.
Durante as sete décadas em território nacional, referiu o norte-americano, a Chevron tem assumido uma posição bastante abrangente, especificamente nas áreas de petróleo e gás, através do projecto Angola LNG, mas também a explorar futuras oportunidades.
“Acreditamos que temos a fonte para o desenvolvimento do nosso sector em Angola”, acrescentou Mike Wirth, para quem a audiência com o Presidente João Lourenço serviu de oportunidade para os membros do Conselho de Administração tomarem contacto com o desenvolvimento e crescimento de Angola, bem como aferir os investimentos em curso no país.
O presidente do Conselho de Administração da Chevron revelou, ainda, que a empresa produz, em Angola, com a ajuda dos parceiros, 250 mil barris de petróleo por dia e 250 pés cúbicos de gás/dia.
Mike Wirth disse, também, que manifestou ao Chefe de Estado angolano o interesse em “explorar oportunidades adicionais”, para a optimização do sector energético em Angola.
“Somos uma das primeiras empresas norte-americanas a operar em Angola e, desde então, o nosso compromisso com o país só se aprofundou. A Chevron orgulha-se de ser um parceiro de longo prazo de Angola e, no futuro, continuaremos com o nosso propósito de trabalhar para fornecer energia que seja acessível, fiável e cada vez mais limpa, com segurança, contribuindo para o desenvolvimento económico e prosperidade social do país”, assegurou.
Durante a presença em Angola, Mike Wirth vai participar nas actividades que visam assinalar os 70 anos da presença da Chevron em Angola, incluindo reuniões com o Governo angolano, assim como de visitas aos activos da empresa e interacção com os trabalhadores.
As celebrações da empresa norte-americana, no país, incluem, ainda, uma recepção de homenagem à parceria de longa data entre a Chevron e Angola, que vai reflectir sobre o legado e discutir as oportunidades futuras de colaboração.
“Acreditamos que energia acessível, fiável e cada vez mais limpa é essencial para alcançarmos um mundo mais próspero e sustentável. A Chevron produz petróleo bruto e gás natural, fabrica combustíveis para meios de transporte, lubrificantes, petroquímicos e aditivos e desenvolve tecnologias que
potenciam o nosso negócio e a indústria”, enfatizou, ainda, o responsável, que garantiu investir em tecnologias de baixo carbono, que permitam soluções comerciais e aumento das energias renováveis.
Subsidiária da Chevron
A Chevron tem como subsidiária, em Angola, a Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC), que opera e detém uma participação de 39,2 por cento no Bloco 0, uma concessão adjacente à costa de Cabinda, e uma participação de 31 por cento num contrato de partilha de produção nos Blocos 14 e 14/23 em águas profundas, localizados a Oeste do Bloco 0.
Com 36,4 por cento, a CABGOC é também o maior accionista do projecto Angola LNG (Gás Natural Liquefeito), no Soyo, e accionista com 31 por cento do Novo Consórcio de Gás, operado pela Azule Energy.
A CABGOC opera, ainda, duas concessões em nome dos parceiros no Bloco 0, nomeadamente Sonangol E. P., 41 por cento, Total Energies Angola Limited, 10 por cento, e Azule Energy Angola Production B.V., 9,8 por cento; e no Bloco 14, designadamente, Sonangol P&P, com 20 por cento, Angola Block 14 B.V, 20 por cento, Azule Energy Angola, 20 por cento, e GALP – Exploração e Produção, 9 por cento.
Ao longo dos anos, a CABGOC e os parceiros dos Blocos 0 e 14 investiram mais de 250 milhões de dólares no desenvolvimento comunitário nas 18 províncias de Angola.