Uma delegação composta por 24 membros da família Tucker, norte-americanos descendentes de angolanos da província de Malanje, encontra-se desde sexta-feira em Angola, com o objectivo de cumprir uma visita à terra dos seus ancestrais.
A baixa da cidade de Luanda foi, ontem, o ponto de partida de uma deslocação a Malanje, passando por Ndalatando, onde os norte-americanos deverão visitar monumentos e sítios históricos.
De acordo com a Rádio Nacional de Angola (RNA), no período da manhã de ontem, a delegação visitou, em Luanda, o Museu de Antropologia, passando pelas ruas das Flores, dos Mercadores, a ex-rua da Mission e o Largo do Baleizão.
A família norte-americana visitou, ainda, o Museu das Forças Armadas, para se inteirar daquilo que foi o processo colonial e a luta de libertação de Angola.
O director do Instituto de Fomento Turístico (Infotur), Afonso Vita, disse que Angola valoriza o seu passado histórico, destacando o que o liga aos Estados Unidos e às Américas, no geral.
“As Américas foram construídas graças ao sangue e à participação do povo angolano. O grande interesse, primeiro, é a valorização da história, a valorização da diáspora angolana, para que possam conhecer o seu passado e o dos seus ancestrais e, em conjunto, valorizarmos o turismo”, afirmou.
A família Tucker visita com frequência Angola. A primeira vez foi em 2022, com uma delegação de 19 membros da família e amigos. No passado, foram 70 pessoas e agora são 24.
Afonso Vita considerou que os membros da família Tucker são verdadeiros embaixadores e promotores do turismo de Angola, fazendo, igualmente, a ligação de Angola à diáspora. Por isso, defendeu que os angolanos devem capitalizar este tipo de visitas.
A presidente da Comissão Administrativa de Luanda, Milca Caquesse, disse ser uma honra receber a família Tucker e todos os turistas que visitam o país e que, por questões geográficas, desembarcam neste município.
Durante a passagem pelo município de Luanda, contou, a delegação norte-americana cumpriu um roteiro que conta bem a história dos angolanos que foram feitos escravos e levados para os Estados Unidos da América.
“Fez-se uma inclusão sobre a história recente do país, de todo o trabalho que tem sido feito pelo Executivo a nível do país, a nível da província, pelo GPL, naquilo que diz respeito à valorização dos monumentos e sítios”, referiu.
Milca Caquesse anunciou, para Agosto, o lançamento de uma plataforma com grande pendor turístico cultural, que vai possibilitar a todos os turistas que visitam o município de Luanda conhecer o melhor da gastronomia, vestuário e moda, bem como tudo o que precisarem no município, de forma direccionada e com melhores preços.