Suzi Barbosa defende participação das mulheres nos processos de negociação de paz

A conselheira do Presidente da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, defendeu, esta quinta-feira, na 3.ª edição da Bienal de Luanda, que as mulheres devem participar nos processos de negociação de paz.

“A responsabilidade das mulheres líderes e governantes, enquanto modelos para jovens deve incutir a necessidade de respeitar, de uma vez por todas, a Carta Africana dos Direitos Humanos dos povos cujo o princípio exige a inclusão da mulher, porque todo o processo de desenvolvimento passa pelo processo de inclusão”,  começou por dizer a conselheira do Presidente da Guiné-Bissau, durante a intervenção no painel sobre: “O papel das mulheres nos processos de paz, segurança e desenvolvimento”.

Segundo Suzi Barbosa, não se pode falar da mulher no processo de paz e no desenvolvimento, sem se mencionar a resolução 13/25 criada após a conferência de Beijing, em 2000, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, pois teve um papel preponderante no reconhecimento da mulher nos processos de prevenção e negociação de paz.

Acrescentou, igualmente, que fica triste pelo facto de verificar que, passados mais de 20 anos, apenas 33 países africanos adoptaram a referida resolução, o que torna mais difícil a efectiva participação das mulheres.

“É extremamente importante e está comprovado que a presença da mulher em todos os processos, tanto de prevenção como de negociação, permite ter mais êxitos e mais do que ter êxito permite maior durabilidade, e torna mais sustentável a paz”, reforçou.