O grupo técnico para a implantação do PLANAGRÃO avaliou no município de Camanongue, província do Moxico, as potencialidades das zonas seleccionadas para a produção do grão.
Do total de dois milhões de hectares previstos para o arranque do projecto a nível das quatro províncias escolhidas nesta primeira fase, o Moxico vai disponibilizar 500 mil hectares distribuídos em quatro municípios.
O secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, considerou positivo o balanço da visita ao Moxico, pois que, durante a deslocação às zonas potenciais, o grupo técnico conseguiu identificar 80 hectares nas localidades de Sanama, Mucolongo e Kaweji, no município de Camanongue.
O governante acredita que as zonas constatadas possuem enormes potencialidades e vários outros factores que vão contribuir para o êxito do projecto, nomeadamente as vias de acesso, água e a energia eléctrica.
Falando sobre o plano de cadeia de valores no que toca à produção e o transporte, o secretário de Estado para a Economia adiantou que em termos de definição de estratégias de localização das pequenas e médias indústrias de transformação, a localidade de Sanama propicia condições favoráveis para a implementação do PLANAGRÃO nesta primeira fase, devido à facilidade da via de acesso.
“É racional que usemos nas outras províncias como a Lunda-Norte e Lunda-Sul e teremos que pensar o mesmo para o Cuando Cubango, sendo as únicas quatro eleitas com foco para a implantação do PLANAGRÃO”, disse.
Afirmou que o plano de implementação deste projecto foi aprovado com medidas de acção precisas e as vias de acesso fazem parte deste plano integral, por ser um dos factores que provocam maior inquietação por parte dos produtores locais.
Ivan dos Santos assegurou que as equipas vão continuar a trabalhar para trazer em documentos as questões mais técnicas sobre os solos, a integração dos rios e com base nestes elementos “começarmos a fazer” algumas intervenções de investimento estrangeiro.
O secretário de Estado para a Economia afirmou que o acesso ao financiamento é um processo clássico e não burocrático. “Temos que aceitar que o todo processo precisa de melhoria tanto do lado do financiador como do credor”, disse, acrescentando que muitos processos de crédito, não só em sede do PLANAGRÃO, ficam inviabilizados porque os próprios promotores não conseguem concluir a solicitação de crédito a um tempo estipulado.