O Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, disse, sábado, que o país recusa “categoricamente qualquer intervenção militar” da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no Níger como “uma ameaça directa à Argélia”.
“Uma intervenção militar pode inflamar toda a região do Sahel e a Argélia não usará a força com seus vizinhos”, disse Tabboune em entrevista à mídia local, citada pela imprensa internacional.
Para Tebboune, não haverá solução sem que seu país esteja envolvido, tendo em conta que Argélia e o Níger partilham quase mil quilómetros de fronteira.
O estadista questiona a decisão da CEDEAO sobre a situação em que os outros africanos que sofreram ataques militares como resposta dos golpes de estado e contenção de uma liderança militar.
“Em que situação estão hoje os países que sofreram uma intervenção militar?” perguntou o chefe de Estado argelino, apontando como exemplo a Líbia e a Síria, dois países que vivem há anos em guerra civil.