Angola presente na reunião da “African Caucus 2023”

A secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Juciene Cristiano de Sousa, participa, em representação da ministra das Finanças, desde quinta-feira até hoje, no Caucus Africano 2023, que se realiza na Ilha do Sal, em Cabo-Verde, sob o lema “Novas modalidades e mecanismos para financiar o desenvolvimento económico em África”.

A reunião anual congrega os ministros das Finanças, Planeamento e governadores africanos dos bancos centrais junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Grupo Banco Mundial (GBM).

Conforme refere uma nota do Ministério das Finanças, o evento constitui uma oportunidade soberana para os líderes africanos apresentarem, de maneira conjunta e coordenada, as grandes e actuais preocupações que afectam as economias do continente. O Caucus Africano é também uma reunião preparatória relevante para os países membros africanos, visando uma participação coesa e eficaz nas reuniões anuais de Outono das Instituições de Bretton Woods.

Ao longo do certame, mais de 300 representantes da alta finança africana estão a partilhar experiências, criar estratégias e extrair lições através de várias reuniões e sessões de debate. A experiência de Angola esteve em foco, ontem, com a participação num painel dedicado à formalização da economia informal, e noutro sobre o desbloqueio do financiamento verde para África.

Ainda no dia de ontem, considerado como o principal dia do evento, o Caucus Africano conta com diversas reuniões, incluindo uma apresentação do director do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie, sobre os Constrangimentos Financeiros na Região, e uma sessão sobre “A Dívida Pública como um Instrumento de Financiamento para o Crescimento em África no Âmbito da Nova Arquitectura Financeira Global”.

Para hoje, último dia do “Caucus Africano”, os líderes dos países e instituições participantes vão reunir-se e elaborar um esboço de Memorando de 2023, que será apresentado à liderança das instituições de Bretton Woods, visando obter apoio para as questões prementes que afectam o continente.

Depois de divulgada a Declaração do Sal, o vice-primeiro-ministro e também ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, irá encerrar o encontro. Estabelecido em 1963, o “Caucus Africano” tem como principal objectivo fornecer aos governadores africanos do Grupo Banco Mundial (GBM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), um mecanismo para coordenação e harmonização das acções, de modo a salvaguardar os interesses dos países membros junto das instituições Bretton Woods, representadas por director do Departamento Africano do FMI, Abebe Selassie, e  o vice-presidente para África do Banco Mundial, Hafez Ghanem, além de Sérgio Pimenta, vice-presidente do IFC.

Cabo Verde foi escolhido há mais de um ano para presidir e ser sede do Caucus Africano 2023, sucedendo Marrocos, anfitrião em 2022.