Luena – A classe trabalhadora na província do Moxico reiterou, segunda-feira, no Luena, província do Moxico, o apelo sobre a necessidade do desagravamento do Imposto de Rendimento do Trabalho (IRT) para melhorar o poder de compra e as condições de vida.
Para além desta preocupação, apresentada durante a celebração do 1 de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, marcada com a realização de uma marcha nas artérias da cidade do Luena, sob lema “trabalhadores organizados, lutemos pela estabilidade do emprego”, a classe trabalhista solicitou a melhoria das condições laborais e o aumento salarial.
Na ocasião, o secretário provincial da União Nacional de Trabalhadores de Angola – Confederação Sindical (UNTA-CS), Edmundo Cabeia, denunciou, de igual modo violações dos direitos dos trabalhadores.
Entre as violações, enemurou os despedimentos, transferências forçadas dos profissionais, apelando aos tribunais celeridade na decisão dos processos de que são submetidos.
A união dos sindicatos no Moxico mostra-se igualmente preocupada face à degradação permanente da vida social, económica e profissional dos trabalhadores.
Por isso, exige do Executivo medidas consubstanciadas para inversão do actual quadro.
Os trabalhadores exigem, também, a igualdade de tratamento dos trabalhadores nacionais e os expatriados no que respeita a remuneração e outras condições de trabalho.
Pedem ainda o fim dos actos de intimidação, o combate a corrupção a todos os níveis, bem como aperfeiçoamento do funcionamento da Inspecção Geral do trabalho, face às inúmeras violações impunes dos empregadores às normas de contratação.
Por sua vez, o vice-governador provincial para o sector técnico e Infra-estruturas, Wilson Augusto, destacou as conquistas que a classe trabalhadora obteve por meio da luta das associações sindicais nos últimos tempos, que permitiram a modernização e humanização das condições de trabalho.
Disse que actualmente as relações laborais tendem a ser afectadas devido ao panorama económico e financeiro no mundo, que elevou o índice de desemprego no país.
Apesar disso, disse que “existem claros sinais do Estado na criação e recuperação de postos de trabalhos e melhoria das condições dos trabalhadores”, tendo apelado ao sector bancário para contributo na dinamização da economia no país e alavancar o sector o privado.
Wilson Augusto apelou também às instituições empregadoras privadas para melhorar os procedimentos de actuação, salvaguardando os direitos dos trabalhadores. TC/YD