Exército completa 31 anos com foco na modernização

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio de Sousa Santos, enaltece, este sábado, no Huambo, que transcorridos 20 anos do alcance da paz, o Exército tem cumprido a sua missão na defesa do espaço terrestre nacional, com intuito de manter a prontidão e garantir a inviolabilidade das fronteiras.

O general-de-exército das FAA, que falava no acto central do 31º aniversário da criação do Exército, assegurou que a diplomacia militar tem pautado a sua acção no apoio  aos esforços da direcção política do país, na perspectiva do cumprimento escrupuloso das obrigações internacionais assumidas, no sentido de encontrar soluções pacíficas e negociadas para os conflitos existentes, sobretudo na região dos  Grandes Lagos.

Para efeito, lembrou que o Presidente da República e Comandante-em-Chefe, João Lourenço, recebeu recentemente os Chefes de Estado e de Governo africanos e os seus representantes para uma Cimeira com a finalidade de discutir e analisar a situação sobre a paz, segurança e estabilidade do continente africano.

De acordo ainda com Egídio de Sousa Santos, com a criação do Exército, em 1991, o país abriu portas para uma nova era, para a qual bateram-se milhares e milhares de angolanos.

“20 anos após o alcance da paz, Angola regozija-se por ter alcançado notável progresso em vários domínios da vida nacional, incluído na esfera militar, com a consolidação inicial das suas instituições, que são hoje, por mérito próprio, o maior sustentáculo da paz e estabilidade que o país vive”, afirmou o general do Exército.


Aposta na formação de quadros

Durante as celebrações do 31º aniversário da criação do Exército, que decorreu no Comando da Região Militar Centro, no Huambo, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) realçou que a aposta na formação interna dos quadros militares está a contribuir na poupança de recursos financeiros que o país gastava durante vários anos.

A actual reestruturação, redimensionamento e reequipamento das Forças Armadas Angolanas, em geral, afirmou, é uma das grandes prioridades do Executivo dirigido pelo Presidente da República e Comandante-em-Chefe, João Lourenço, considerou.

“Temos de continuar nesta senda com a criação de mais infra-estruturas e seu apetrechamento com base material de estudo, laboratórios e outros equipamentos, sem perder de vista a importância que têm os nossos parceiros internacionais nesta matéria”, frisou o general Egídio de Sousa Santos.

O chefe do Estado-Maior General das FAA lembrou, por outro lado, que a cooperação militar no domínio da realização de exercícios e manobras conjuntas no espaço em que a República de Angola se insere, no âmbito das organizações regionais do continente africano, é uma  premissa fundamental para a troca de experiências no domínio da prevenção  e resolução de conflitos.

Conquistas alcançadas

O general das FAA sublinhou, ainda, que as conquistas alcançadas pelo ramo têm de continuar a ser consolidadas em todas as trincheiras, levando cada um a fazer a sua parte neste processo de construção de um Exército forte e capaz de cumprir as mais complexas missões, em qualquer ambiente operacional.

Na efeméride, Egídio de Sousa Santos esclareceu que o comando superior tem feito tudo para que o Exército tenha militares saudáveis, com infra-estruturas de saúde condignas, bem como com equipamento e meios logísticos que tornem o militar mais prestigiado.

Por seu turno, a governadora do Huambo, Lotty Nolika, manifestou que desde a criação do Exército, em 1991, ao abrigo  dos Acordos de Paz, as Forças Armadas Angolanas (FAA) têm mantido a sua postura exemplar no cumprimento da sua nobre missão, garantindo, desse modo, a defesa e a integridade territorial, bem como a execução eficiente de missões de apoio à paz no continente africano e não só, no âmbito dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado angolano.

A mais alta mandatária da província referiu que a celebração desta data constitui mais uma oportunidade para que se mantenha acesa a chama daqueles que, nesta caminhada de lutas e glórias, constroem a verdadeira História do Exército, não  poupando esforços, sacrificando a própria vida, comprometidos com os superiores interesses da Nação.


Ministro destaca bravura do efectivo

O ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, destacou, ontem, os feitos do Exército na defesa da integridade territorial, ao reconhecer a bravura e heroísmo dos combatentes deste ramo das Forças Armadas Angolanas. 

Num comunicado de imprensa citado pela Angop, o titulat da Defesa felicita o Exército, um dos principais ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA), pelo 17 de Dezembro, data em que assinala o seu 31 aniversário.

João Ernesto dos Santos apresentou as calorosas e fraternais felicitações pela data, referindo ser justo reconhecer e enaltecer a bravura e o heroísmo dos seus valorosos combatentes.

Estes, acrescenta, nos momentos mais desafiantes da história do país, “já mais claudicaram na defesa e preservação do nosso território e da independência nacional, da paz e reconciliação nacional, e do normal funcionamento das instituições democráticas”.

Sublinha que, diante dos desafios do presente e do futuro, os efectivos são chamados a redobrarem o engajamento nas acções em torno do exigente processo de reestruturação, redimensionamento e reequipamento em curso, demonstrando elevados níveis de profissionalismo e capacidade de readaptar a estrutura organizacional das FAA, em geral e do ramo do Exército, em particular, ao contexto político, económico e social vigente.

Por este facto, refere o ministro na nota, os efectivos devem continuar a melhorar, progressivamente, os níveis de disciplina, prontidão combativa, operativa e de educação patriótica, para que sob a direcção do Poder Político, democraticamente instituído, e do Comando Superior das Forças Armadas Angolanas, estejam a altura das suas responsabilidades na defesa e salvaguarda do espaço terrestre nacional.

Ao concluir reafirmou os redobrados êxitos no cumprimento da difícil, mas nobre, missão de defender o território nacional.