Angola poderá jogar papel aglutinador na OEACP

Luanda – A República de Angola deverá trabalhar em prol da consolidação da unidade da organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) em torno dos ideais da paz e do desenvolvimento, segundo declarou, em Luanda, o secretário-geral da organização, Georges Rebelo Chikoti.

Estas declarações foram proferidas esta quinta-feira (8) à imprensa, à margem da reunião do Conselho de Ministros preparatória da X Cimeira de Chefes de Estado da OEACP, a realizar-se nos dias 9 e 10 deste mês, na capital angolana, durante a qual o país vai assumiu a presidência rotativa da organização, por três anos.

Disse acreditar que a liderança angolana venha a engajar os Estados mais desenvolvidos para as questões ambientais, de modo que as Cimeiras do Clima não sejam só para promessas, mas com posições sólidas sobre o fundo ambiental.

Espera que a “Declaração de Luanda”, a ser adoptada pelos Chefes de Estado, tenha posições contra as mudanças climáticas, engajando a comunidade internacional no apoio aos países, como os do Caribe e Pacífico, que enfrentam a seca, inundações, tufões.

O diploma referiu que a paz e segurança devem igualmente dominar o mandato angolano, tendo em conta o desempenho do Estadista angolano, João Lourenço, nos esforços de pacificação, particularmente na República Democrática do Congo (RDC).

Afirmou haver solidariedade contra a discriminação de alguns países, como Cuba, pelo fim do embargo que lhe foi imposto pelos EUA, ao mesmo tempo que almeja a automatização da cooperação Sul/Sul, pelo desenvolvimento dos países membros.

Georges Chikoti sublinhou que o fundo fiduciário, criado na Cimeira do Quénia, em 2019, tem adesão aceitável e vai financiar actividades futuras da organização e do secretário, adiantando que prossegue a campanha de angariamento de recursos.

O responsável informou ainda que neste evento será confirmada a adesão das Ilhas Maldivas à OEACP.

Por outro lado, o embaixador de Angola junto de Reino da Bélgica e da União Europeia, Mário Azevedo Constantino, afirmou que a “Declaração de Luanda” deve nortear a presidência angolana, pelo alcance dos objectivos comuns do país e da organização.

Considerou importante a identificação, a par da União Europeia, de novos parceiros para acrescentar valor à OEACP, ao mesmo tempo que corrobora da necessidade de se garantir a assistência necessária aos países mais afectados pelas alterações climáticas.

Para Mário Constantino, são optimistas as iniciativas angolanas nos domínios da solidariedade, da segurança alimentar e da protecção ambiental para o mandato de três anos.

Já a embaixadora de Moçambique em Angola, Osvalda Joana, espera que a organização encontre as melhores maneiras de ajudar a desenvolver os países membros, de forma ordenada, e as respectivas economias.