Luanda – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) antevê a necessidade dos membros deste cartel investirem cerca de 12,1 triliões de dólares, até 2045, para responder à procura energética mundial, estimada em cerca de 23 por cento.De acordo com o secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, este investimento será fundamental para assegurar a sustentabilidade da indústria petrolífera no mundo, bem como para criar a capacidade de refinação e desenvolver a rede de distribuição (logística) do crude em África, em particular.Em conferência de imprensa, concedida esta segunda-feira, em Luanda, o responsável referiu ser necessário que se invista fortemente no sector do petróleo e gás, com vista a enfrentar os desafios da transição energética mundial (energias renováveis).Para Haitham Al-Ghais, a evolução para as energias limpas deve ser feita de forma equilibrada, a nível mundial, assim como também ter em conta o défice de electricidade ainda existente, particularmente, no continente africano.“Não podemos falar da transição energética sem olharmos para o défice de acesso à electricidade em África, pois, perto de 600 milhões de pessoas que ainda não têm os benefícios da energia eléctrica”, sublinhou.Por isso, avançou, qualquer projecto de transição energética deve também olhar para a resolução do problema da falta de electricidade para milhares de pessoas no mundo, em geral, e em África, em particular.Referiu que os membros da OPEP têm trabalhado no sentido de criar tecnologias para a descarbonização na produção petrolífera, visando encontrar soluções equilibradas para preservação do meio ambiente.Haitham Al-Ghais, que está na capital angolana – Luanda, para participar na Conferência e Exposição Angola Oil & Gás, a decorrer de 29 de Novembro a 1 de Dezembro deste ano, considerou de crucial importância a transição energética para todos os países, que devem primar pelo equilíbrio nas actividades industriais.Além da conferência de Luanda, que visa a captação de novos investimentos para o sector, a OPEP reúne-se em Dezembro próximo, para analisar o desempenho da indústria petrolífera e perspectivar acções para os próximos anos.Em Outubro último, a aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, decidiu, em Viena (Áustria), reduzir a sua produção em dois milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia da Covid-19.Dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), sete são de África, nomeadamente Angola, Argélia, Líbia, Nigéria, Guiné Equatorial, República do Congo e Gabão.
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