O Ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, desafiou, Sexta-feira, em Niamey, Níger, os líderes africanos a transformarem os “imensos” recursos naturais do continente em riqueza real, com vista à resolução dos problemas sociais e económicos das populações.
Manuel Nunes Júnior fez o desafio na 17ª Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica e a Sessão Extraordinária Sobre a Zona Económica Livre Continental Africana, na qual representou o Presidente da República, João Lourenço.
“O nosso continente tem de deixar de ser visto como um continente potencialmente rico. Teremos de ser capazes de transformar as imensas riquezas naturais dos nossos países em riqueza real para os nossos povos”, declarou o ministro de Estado na Cimeira, que decorreu no âmbito das comemorações da Semana da Industrialização de África, que se assinalou a 20 deste mês.
O governante falou do compromisso do Executivo angolano na implementação da agenda nacional de industrialização e diversificação económica, com base no agro-negócio e adopção de políticas para a criação de um ambiente de negócios cada vez mais favorável à atracção de investidores nacionais e estrangeiros e à criação de Zonas Económicas Especiais, de modo a tornar a economia do país mais eficiente.
Integrou a delegação angolana ao evento o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, a secretária de Estado das Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, e os embaixadores de Angola na Etiópia e na Nigéria, Níger e Benin, Francisco da Cruz e Eustáquio Quibato.
O evento, que decorreu sob o tema “Industrializar África: Compromissos Renovados para uma Industrialização e Diversificação Económica Inclusivas e Sustentáveis”, foi antecedido das reuniões do Conselho Executivo, quarta-feira, e do Comité dos Representantes Permanentes, a 10 deste mês.
A cimeira visou, entre outros objectivos, renovar os compromissos de África para com a industrialização, como um dos pilares centrais para alcançar os objectivos de crescimento económico e desenvolvimento do continente, impulsionar a transformação estrutural, construída em torno do aproveitamento dos ricos e diversificados recursos naturais de África, em face dos actuais avanços da tecnologia, tendências geopolíticas continentais e globais, incluindo a emergência de comércio e serviços.