Executivo anuncia monumentos em memória dos soberanos angolanos

Luanda – O Executivo anunciou, para breve, a construção de monumentos em memória a rainha N’jinga M’bande e ao rei N’gola Kiluanje, bem como a ombala dos Reinos do N’dongo e da Matamba, em Malanje, para a preservação da história.

O projecto foi anunciado no sábado, em Luanda, pelo Presidente da República, João Lourenço, na mensagem sobre o Estado da Nação, no quadro da abertura da I sessão Legislativa da V Legislatura da Assembleia Nacional.

Num outro domínio, João Lourenço fez, igualmente, menção à restauração das salas de espectáculos de reconhecido interesse patrimonial e com boa gestão privada ou público-privada.

A intenção, disse, é incentivar a promoção da lei do mecenato e outros instrumentos legais direccionados para a melhoria da situação social dos artistas, promover actividades nos recém-requalificados museus, no interesse cultural e turístico.

Anunciou ainda a conclusão, brevemente, das obras do Centro Cultural do Huambo e o início de requalificação do antigo edifício da Assembleia Nacional que passará a ser o Palácio da Música e do Teatro, como um ex-libris da cidade de Luanda, associado à “Casa do Artista”, como projecto de apoio social.

No domínio da salvaguarda do património histórico-cultural, o Executivo tem vindo a envidar esforços que culminaram com a classificação nacional de mais de 300 bens como património cultural material e imaterial, assim como a manutenção da integridade do Centro Histórico de Mbanza Kongo como Património da Humanidade.

João Lourenço apontou a realização contínua de acções  preparatórias para a inscrição, junto da UNESCO, dos sítios do Cuito Cuanavale, do Corredor do Kwanza e da Arte Rupestre Tchitundu Hulu, constantes na Lista Indicativa desta agência das Nações Unidas, assim como os “Sona” (desenhos na areia), para que sejam declarados Património Cultural Imaterial.

Trata-se, adiantou, de acções que se enquadram no reconhecimento, por parte do Executivo, da relevância da cultura e particularmente da arte como exercício de cidadania e como contribuição à economia nacional, através das indústrias criativas.

Como reconhecimento da importância da cultura na sociedade, avançou, instituiu-se a “Carteira Profissional do Artista”, constituindo uma oportunidade ímpar para a sua inserção no mercado do trabalho e direito à segurança social.

Conforme o estadista, é importante a criação de agendas culturais e artísticas por parte de instituições licenciadas para a realização de espectáculos, bem como junto de unidades hoteleiras, resorts e restaurantes.

Fonte: Angop