O ex-Presidente José Eduardo dos Santos deixou a sua marca não só em Angola para as igrejas, mas para o mundo, afirmou Emílio de Carvalho, primeiro bispo da Igreja Metodista Unida no país.

Emílio de Carvalho, que falava para o Jornal de Angola, considerou justas todas as homenagens feitas a José Eduardo dos Santos, que deve ser lembrado como um homem humilde que se dedicou à Independência e à defesa da soberania de Angola.

“É uma notícia que deixa a família angolana e particularmente a sua bastante triste. Sentimo-nos completamente derrubados pela notícia. Ele esteve em Espanha por duas vezes. Não pensamos que o seu estado de saúde se tivesse agravado. Não se espera por esta notícia tão cedo. Ou seja, uma pessoa com 79 anos de idade poderia viver muito mais. Tínhamos esperança, mas as doenças chegam de forma inesperada”, lamentou.

Realçou que a dimensão histórica do ex-Presidente José Eduardo dos Santos para o país é grande e deve haver pouca gente em Angola que não admirava e admira o seu percurso como um líder político.

“Ele dedicou a sua vida ao povo, principalmente, às pessoas mais desfavorecidas. Podia eu dizer outras palavras, mas são escassas para a dimensão de José Eduardo dos Santos pelo que ele fez. Vamos sentir imenso a sua ausência”, prosseguiu Emílio de Carvalho.

Recordou que, apesar de Angola ser um país laico, as igrejas sempre gozaram das regalias da Presidência da República. A legalidade religiosa em prática no país nos mais alargados aspectos teve do ex-Presidente uma compreensão completa do significado da religião, como parte integrante da cultura dos povos.

As igrejas, continuou, são gratas pelo modo como foram tratadas nos termos da Lei e da própria experiência pessoal com a religião em Angola: “Não há um só líder religioso que se queixe de José Eduardo dos Santos. Pelo contrário, são agradecidos pelo seu contributo no crescimento das igrejas por todo o território nacional”.

Fonte: Jornal de Angla