Angola atinge capacidade acima de 9.000 megawatts

O secretário de Estado da Energia, Arlindo Carlos, apontou os cerca de 9000 megawatts de energia eléctrica que Angola espera atingir até 2027 como garantia para ajudar a mitigar a grande carência energética nas vizinhas repúblicas da Namíbia, Zâmbia e República Democrática do Congo na primeira fase do processo de exportação.

O progresso alcançado por Angola no domínio energético, de acordo com Arlindo Carlos, permitirá que o país hoje conte com uma capacidade instalada na ordem dos 6,4 gigawatts, ou seja, 6.400 megawatts, mercê da recente conclusão da Barragem Hidroeléctrica de Laúca, com previsão da média, até 2027, ascender para 9.000 megawatts, em função da entrada em produção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça.

Angola espera ainda um adicional de 2, 17 gigawatts, e outros 500 megawatts provenientes dos parques fotovoltaicos de Laúca (400 megawatts) e de Catete ( 104 megawatts), fruto do programa de modernização e diversificação da matriz energética em curso no país, numa altura em que ” já concluímos a construção de sete centrais fotovoltaicas que, juntas, perfazem um total de 370 megawatts, com objectivo de levar energia a mais de 500 mil pessoas em áreas rurais.”

“Estas iniciativas deverão concorrer para a concretização da Agenda Africana 2063 e com outras abordagens cujos resultados devem ser anteriores ao ano 2063”, concluiu.

África Austral

O vice-presidente da ASEA para África Austral, Pedro Afonso, disse que a simbiose entre o pensamento estratégico e a acção inovadora deve ser o paradigma de fortalecimento da ASEA e reafirma o compromisso colectivo de uma África mais conectada e sustentável.

“Ao longo dos últimos anos,  vimos força da união entre os profissionais do sector de energia em África e cada meta alcançada foram impulsionadas por um espírito de cooperação que se recusa a aceitar actuações isoladas. O mandato trienal 2022-2025 das empresas angolanas na vice-presidência da ASEA com um balanço positivo”, assegurou.

Na percepção de Pedro Afonso, o objectivo primordial de integrar as empresas de Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, tem sido fundamental para uma maior desenvoltura na abordagem da temática de uma forma pragmática.

“Como membros da ASEA, as empresas Prodel, RNT e ENDE têm orgulho de partilhar as experiências e a cultura angolanas nesta reunião para que os delegados levem consigo um pouco da nossa essência, e continuemos a ser catalisadores da esperança, impulsionando a inovação e a transformação do sector eléctrico angolano”, concluiu.